segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Empresas investem em técnicas e materiais ecológicos

Uma das maiores preocupações da indústria calçadista hoje em dia é a poluição com o meio ambiente. O curtimento do couro, que envolve diversas substâncias tóxicas como o cromo e o chumbo, está entre uma das atividades mais poluidoras da atualidade. “A atividade de curtimento de couro é um processo industrial que gera um efluente líquido onde está presente uma alta carga orgânica e química.
Este efluente, se não tratado, implicará em uma alta carga poluidora, podendo causar a poluição de águas superficiais, subterrâneas e o solo com consequências para qualidade das águas, flora e fauna do local” explica Renato das Chagas, chefe da Divisão de Controle de Poluição Industrial da Fepam (Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luis Roessler). Pensando nisso, diversas empresas vêm investindo em novas tecnologias para ajudar a preservar o planeta.
Uma das técnicas que minimiza esse impacto é o processo de curtimento do couro com plantas. No lugar de produtos químicos à base de cromo e chumbo, são usados vegetais amazônicos como o araçá e a arueira, que não deixam resíduos tóxicos. O couro tratado com esse tipo de processo fica com a aparência mais rústica e não tão lisa quanto o couro tradicional.
Várias empresas estão adotando essa técnica, é uma tendência mundial” ...“Além disso, o custo não é muito mais alto que o processo usual e o produto final não fica caro. Esse diferencial gerou um aumento significativo nas nossas vendas”
Esse procedimento também é utilizado pela marca de sapatos Albarus, de Franca. Além disso, os produtos possuem sola de borracha e são inteiramente biodegradáveis. “Acompanhamos a evolução do mercado e da sociedade. E nosso público se preocupa com a natureza”
Tecido de fibra de bambu
Em buscas de novas tecnologias, foi desenvolvida uma camiseta com malha Takê (bambu em japonês). Este tecido, é construído com fibra de bambu e Lycra, sendo natural e biodegradável
Sua construção, de textura fina, leve e irregular na superfície, cria micro espaços entre a pele e a roupa que auxilia na circulação do ar interno e proporciona uma sensação de frescor e conforto térmico. O corte transversal, com vários canais e ranhuras, propiciam excelente absorção de umidade e ventilação, evitando que a roupa fique molhada e colada ao corpo. Sua microestrutura é capaz de absorver e evaporar o suor rapidamente, o que torna o bambu uma fibra confortável, sem aquela desagradável sensação de colado ao corpo.
O tecido ainda possui função bacteriostática que continua ativa, mesmo após mais de 50 lavagens; o que na prática se traduz em roupas que não desenvolvem o cheiro desagradável de suor após o uso


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